O Estado teve, em 2015, a maior alta de tentativas de fraude em transações comerciais de diversos segmentos do mercado, em comparação com 2014 como mostra o Mapa da Fraude no Brasil.
Waldelúcio Barbosa
Os dados da segunda edição do Mapa da Fraude no Brasil, realizado por uma empresa especializada em soluções antifraude para transações comerciais de diversos segmentos do mercado mostram que 5,8% das transações comerciais realizadas pela internet no Piauí são tentativas de fraude, sendo o estado com maior acréscimo, passando de 4,3% em comparação com 2014. Isso quer dizer que a cada R$ 100 gastos no e-commerce piauiense, R$ 5,80 são tentativas de fraude ou transação duvidosa.
De acordo com o estudo, o Nordeste se mantém como segunda região mais perigosa para compras na internet, atrás apenas do Norte. Em terceiro lugar está o Centro-Oeste. No entanto, em comparação à primeira edição do Mapa,o Nordeste apresenta o menor crescimento em número de tentativas de fraudes, com aumento de apenas 0,16%.
No total, o Brasil registrou 4,10% de tentativas de fraude no primeiro semestre de 2015, ante 3,60% do mesmo período do ano anterior.
(Crédito: Izaquiel Tavares)
O coordenador de inteligência estatística da empresa que realizou a pesquisa, Henrique Martins, declarou que não há uma justificativa aparente para que o Piauí seja o estado brasileiro que apresentou maior acréscimo de fraudes em relação a 2014.
“No entanto, acredita-se que os estados do Norte e Nordeste como um todo tenham mais ataques de fraude pela recente alta da oferta de crédito via cartões de crédito, pelo acesso crescente à internet, entre outros fatores”, considerou.
Ele diz que embora a fraude exista na internet, ela já é altamente controlada e evitada por meio de tecnologias avançadas e análises manuais precisas com empresas especializadas em detecção e prevenção de compras ilegais. Dessa forma, é possível coibir a ação, garantindo a idoneidade tanto da loja quanto do comprador.
Alerta
O especialista acrescentou que a preocupação maior do consumidor deve ser com outros pontos importantes na hora da compra, como a aceitação do uso de cartões de crédito. Ele aconselha que se a loja só aceitar boletos bancários e transferências eletrônicas é preciso desconfiar. O mesmo é válido para descontos acima do comum.
“Os fraudadores estão cada vez mais profissionais e criativos. Normalmente fazem parte de quadrilhas especializadas e fazem isso como profissão”, afirma. O setor de telefonia celular é um dos que mais sofrem com as fraudes e segundo Henrique Martins isso ocorre por que esses produtos são de fácil revenda e alta liquidez. “Os fraudadores procuram esse tipo de produto para fazer negócio”, completou.
Ações ilegais na internet são crimes
O presidente da Comissão de Direito Eletrônico da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí (OAB-PI), João Leonardo de Cerqueira, afirma que as ações ilegais praticadas na internet como as fraudes são configuradas como crimes de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Segundo ele, o que muda é apenas o alcance da ação dos criminosos devido à velocidade da internet.
“O ambiente virtual é apenas uma ferramenta que aumenta os delitos devido à velocidade da internet. O que a população precisa fazer é se resguardar dos fraudadores. A primeira coisa a ser feita é conferir se o site possui CNPJ, se estiver isso já é uma segurança”, disse o advogado.
Ele aconselha ainda que é preciso ir à delegacia legalizar a ocorrência para iniciar a investigação policial. Caso se perceba a fraude horas depois de efetuar o pagamento, é possível cancelar a compra junto ao cartão de crédito. Cerqueira completa dizendo que a Comissão da OAB tem trabalhado na divulgação das práticas criminosas na internet para alertar a população.
“Nós temos divulgado os procedimentos e feito atividades para informar a sociedade os passos a serem tomados para ter a garantia que seus direitos sejam respeitados ao utilizar os serviços da internet”, acrescentou.
Crimes cibernéticos aumentam em Teresina
A Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais funciona em Teresina desde 2002 para indiciar e punir os acusados de práticas caracterizadas ilegais na internet com punições específicas, próprias para esse tipo de crime.
Os policiais que atuam na delegacia passaram por treinamento específico para investigar e identificar os autores dos delitos virtuais. Um dos investigadores da Divisão de Crimes Eletrônicos declarou que a orientação às pessoas que se sentirem lesadas é que compareçam à delegacia para formalizar a ocorrência. Ele acrescentou que os casos de crimes cibernéticos de maior potencial ofensivo estão aumentando na capital.
“Nós orientamos que as pessoas tenham mais cuidado no site em que estão efetuando as compras. As pessoas devem ter mais atenção e paciência para pesquisar a reputação daquele endereço eletrônico e não ficar apenas ludibriado com o valor daquela mercadoria”, enfatiza.
O agente civil recomendou ainda que o cidadão deve ficar atento ao efetuar o pagamento de compras feitas na internet por um vendedor de um nome que orienta realizar o pagamento na conta de uma terceira pessoa ou com identificação diferente da sua. A atitude configura uma tentativa de fraude.
Atualmente, a delegacia funciona com uma divisão no prédio do Grupo de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Greco), na Avenida Gil Martins, na Zona Sul de Teresina. O telefone para contato é o 3216-5260.
Sensação de impotência
Compras pela internet exigem cautela (Crédito: João Allbert)
O professor universitário Eugênio Rego revela que realizou a compra de algumas peças íntimas em uma das marcas mais famosas do mundo em um site de vendas do Rio Grande do Sul. Ele pagou o equivalente a R$ 150 à vista no cartão de crédito, no entanto, após um ano, ele ainda não recebeu a mercadoria.
Para o docente, a sensação que fica é a de impotência, pois mesmo entrando em contato com o site, recolhendo material para entrar com ação junto ao Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor), nunca recebeu o material nem a rescisão do seu dinheiro e devido ao anonimato que a internet proporciona, fica ainda mais difícil encontrar o autor do golpe.
“O desgaste é muito grande e o sentimento é de impotência, pois os fraudadores agem de má-fé e a sensação é a de que não podemos fazer nada. O curioso é que compro a maioria dos meus produtos pelo comércio on-line e pela primeira vez tive essa experiência ruim”, declarou.
Segundo ele, após a fraude passou a adotar algumas medidas de prevenção, como verificar a confiabilidade do site e a recomendação de outros consumidores, além de ficar atento a ofertas com descontos muito grandes.
Entenda a prática do e-commerce
A tecnologia pode ser útil para agilizar diversas ações do dia a dia, como a compra de diversos produtos. A prática é conhecida como e-Commerce, cuja tradução é comércio eletrônico. No sentido amplo do termo, a abreviatura se refere a todo comércio realizado através de meios eletrônicos.
O e-commerce surgiu em 1970 com a Electronic Data Interchange (EDI) e Electronic Funds Transfer(EFT) fazendo transferência de valores entre pessoas e empresa, mas foi com a internet que ele ganhou força e ficou disponível para todas as pessoas.
Hoje todos podem abrir o seu próprio e-commerce e passar a vender pela internet, com mais simplicidade do que abrir uma loja física para comercializar produtos. O e-commerce tem como um dos seus maiores diferenciais a possibilidade de atender tanto mercados enormes como nichos muito específicos.
Tópicos fraudes compras na internet
O coordenador de inteligência estatística da empresa que realizou a pesquisa, Henrique Martins, declarou que não há uma justificativa aparente para que o Piauí seja o estado brasileiro que apresentou maior acréscimo de fraudes em relação a 2014.
“No entanto, acredita-se que os estados do Norte e Nordeste como um todo tenham mais ataques de fraude pela recente alta da oferta de crédito via cartões de crédito, pelo acesso crescente à internet, entre outros fatores”, considerou.
Ele diz que embora a fraude exista na internet, ela já é altamente controlada e evitada por meio de tecnologias avançadas e análises manuais precisas com empresas especializadas em detecção e prevenção de compras ilegais. Dessa forma, é possível coibir a ação, garantindo a idoneidade tanto da loja quanto do comprador.
Alerta
O especialista acrescentou que a preocupação maior do consumidor deve ser com outros pontos importantes na hora da compra, como a aceitação do uso de cartões de crédito. Ele aconselha que se a loja só aceitar boletos bancários e transferências eletrônicas é preciso desconfiar. O mesmo é válido para descontos acima do comum.
“Os fraudadores estão cada vez mais profissionais e criativos. Normalmente fazem parte de quadrilhas especializadas e fazem isso como profissão”, afirma. O setor de telefonia celular é um dos que mais sofrem com as fraudes e segundo Henrique Martins isso ocorre por que esses produtos são de fácil revenda e alta liquidez. “Os fraudadores procuram esse tipo de produto para fazer negócio”, completou.
Ações ilegais na internet são crimes
O presidente da Comissão de Direito Eletrônico da Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí (OAB-PI), João Leonardo de Cerqueira, afirma que as ações ilegais praticadas na internet como as fraudes são configuradas como crimes de estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal Brasileiro. Segundo ele, o que muda é apenas o alcance da ação dos criminosos devido à velocidade da internet.
“O ambiente virtual é apenas uma ferramenta que aumenta os delitos devido à velocidade da internet. O que a população precisa fazer é se resguardar dos fraudadores. A primeira coisa a ser feita é conferir se o site possui CNPJ, se estiver isso já é uma segurança”, disse o advogado.
Ele aconselha ainda que é preciso ir à delegacia legalizar a ocorrência para iniciar a investigação policial. Caso se perceba a fraude horas depois de efetuar o pagamento, é possível cancelar a compra junto ao cartão de crédito. Cerqueira completa dizendo que a Comissão da OAB tem trabalhado na divulgação das práticas criminosas na internet para alertar a população.
“Nós temos divulgado os procedimentos e feito atividades para informar a sociedade os passos a serem tomados para ter a garantia que seus direitos sejam respeitados ao utilizar os serviços da internet”, acrescentou.
Crimes cibernéticos aumentam em Teresina
A Delegacia de Repressão a Crimes Virtuais funciona em Teresina desde 2002 para indiciar e punir os acusados de práticas caracterizadas ilegais na internet com punições específicas, próprias para esse tipo de crime.
Os policiais que atuam na delegacia passaram por treinamento específico para investigar e identificar os autores dos delitos virtuais. Um dos investigadores da Divisão de Crimes Eletrônicos declarou que a orientação às pessoas que se sentirem lesadas é que compareçam à delegacia para formalizar a ocorrência. Ele acrescentou que os casos de crimes cibernéticos de maior potencial ofensivo estão aumentando na capital.
“Nós orientamos que as pessoas tenham mais cuidado no site em que estão efetuando as compras. As pessoas devem ter mais atenção e paciência para pesquisar a reputação daquele endereço eletrônico e não ficar apenas ludibriado com o valor daquela mercadoria”, enfatiza.
O agente civil recomendou ainda que o cidadão deve ficar atento ao efetuar o pagamento de compras feitas na internet por um vendedor de um nome que orienta realizar o pagamento na conta de uma terceira pessoa ou com identificação diferente da sua. A atitude configura uma tentativa de fraude.
Atualmente, a delegacia funciona com uma divisão no prédio do Grupo de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Greco), na Avenida Gil Martins, na Zona Sul de Teresina. O telefone para contato é o 3216-5260.
Sensação de impotência
O professor universitário Eugênio Rego revela que realizou a compra de algumas peças íntimas em uma das marcas mais famosas do mundo em um site de vendas do Rio Grande do Sul. Ele pagou o equivalente a R$ 150 à vista no cartão de crédito, no entanto, após um ano, ele ainda não recebeu a mercadoria.
Para o docente, a sensação que fica é a de impotência, pois mesmo entrando em contato com o site, recolhendo material para entrar com ação junto ao Procon (Programa de Proteção e Defesa do Consumidor), nunca recebeu o material nem a rescisão do seu dinheiro e devido ao anonimato que a internet proporciona, fica ainda mais difícil encontrar o autor do golpe.
“O desgaste é muito grande e o sentimento é de impotência, pois os fraudadores agem de má-fé e a sensação é a de que não podemos fazer nada. O curioso é que compro a maioria dos meus produtos pelo comércio on-line e pela primeira vez tive essa experiência ruim”, declarou.
Segundo ele, após a fraude passou a adotar algumas medidas de prevenção, como verificar a confiabilidade do site e a recomendação de outros consumidores, além de ficar atento a ofertas com descontos muito grandes.
Entenda a prática do e-commerce
A tecnologia pode ser útil para agilizar diversas ações do dia a dia, como a compra de diversos produtos. A prática é conhecida como e-Commerce, cuja tradução é comércio eletrônico. No sentido amplo do termo, a abreviatura se refere a todo comércio realizado através de meios eletrônicos.
O e-commerce surgiu em 1970 com a Electronic Data Interchange (EDI) e Electronic Funds Transfer(EFT) fazendo transferência de valores entre pessoas e empresa, mas foi com a internet que ele ganhou força e ficou disponível para todas as pessoas.
Hoje todos podem abrir o seu próprio e-commerce e passar a vender pela internet, com mais simplicidade do que abrir uma loja física para comercializar produtos. O e-commerce tem como um dos seus maiores diferenciais a possibilidade de atender tanto mercados enormes como nichos muito específicos.
Tópicos fraudes compras na internet
Nenhum comentário:
Postar um comentário