Servidores rejeitaram proposta do Tribunal de Justiça durante assembleia.
Categoria reivindica reajuste salarial de 10%, além de concurso público.
Os servidores do judiciário do Piauí decidiram durante assembleia geral nessa segunda-feira (2) rejeitar a proposta de 8% de reajuste salarial, apresentada pela presidência do Tribunal de Justiça. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Justiça Estadual (Sindjus), Carlos Eugênio de Sousa, a greve deflagrada há uma semana continua e já prejudica atendimentos nos fóruns e juizados do estado.
"Mais de 300 audiências já foram suspensas, além de intimações, citações, busca e apreensão que deixaram de ser cumpridas neste período. No interior, até a emissão de documentos está paralisada. Estamos atendendo apenas os serviços essenciais de manutenção da vida ou de liberdade, como garantia de fornecimento de medicamentos e habeas corpus", contou.
"Se juntar com os comissionados são ao todo 2.500 funcionários. Apenas o reajuste de auxílio saúde de 33% e os 10% na indenização de insalubridade foram atendidos, mas a questão salarial não. A presidência alegou também não poder cumprir agora com os reajustes de 50% no auxílio alimentação, 100% na indenização de periculosidade e realização concurso público para analista judiciário", explicou.
De acordo com Carlos Eugênio, a greve tem adesão de 90% dos 1.704 servidores efetivos e a principal reivindicação da classe é o cumprimento do aumento de 10% do salário, acordado em junho do ano passado com a presidência do Tribunal de Justiça.
Na tentativa de uma contraproposta, o representante do Sindjus esteve reunido na manhã desta terça-feira (3) com o presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, desembargador Raimundo Eufrásio, mas nada foi definido. "Vamos aguardar um posicionamento, mas até lá a greve continua", completou.
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